domingo, 30 de novembro de 2008

De tudo eu tentei, meu amor...

Amor, então, também acaba?Não, que eu saiba.O que eu seié que se transforma numa matéria-prima que a vida se encarrega de transformar em raiva. Ou em rima.

Paulo Leminski

Resta então sentir dentro
O que se tem em tanto aqui fora
Para isso amenizo o desespero de respostas
Cada um tem sua hora de despertar
Sendo um sonho de cada vez a se realizar
O que eu temo, já nem durmo mais
Só deito a disfarçar o sono
Desviar o pensamento para o nada
É lá que tranquilizo o tom de esperar.
Já tive mais medo.
Agora é acalantar,
E não mais morrer em dúvida sem o sentido certo
Do não, rejeição, faço um estudo de otimismo
Mas sim, de querer, faço dele um gosto doce de realidade
Volto pra dentro de mim, é lá que sempre morei.

Caroline Santos
coraçãoPRA CIMA escrito em baixoFRÁGIL .

Paulo Leminski

domingo, 16 de novembro de 2008

Coração de mostarda


Chegou assim meio amargo
Onde olhares raros,
Ardiam de emoção
Presenteou a moça bela
Um sorriso lhe arrancou

Até um dia de sonho, atenção
Levantou
Na mesa, declarou
Um coração de mostarda assim desenhou
Ofereceu carinho
As iniciais acrescentou
Foi um gesto singelo,
Um tanto como o amor

Ela olhou aquele coração
E ali ficou, imaginou
Percebeu o seu valor

Ele sem jeito certo em agir
No fundo soube que agradou
Pegou em sua mão,
Tímido carinho acertou

O coração de mostarda se foi
Com tantas e tantas conversas
Permaneceu nele então, uma doçura da frase:
- É com vc que estou.
Aliviados em certezas de intenções
Despediram-se assim espertos para novas emoções.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

dotempoqueeunãodei

ausente do teu presente real
sobrevivo em segundo plano
no teu tempo, teu normal
vontade até tem, mas não convém
de me ser asim, homem
de me ser assim, meu
no teu tempo
que me acerto
tempo livre
quando sobra, desdobra amor
de até meu tempo se aceitou, acertou
já não digo, teu silêncio meu calou
de tempo que se sobra, a espera desmanchou
se és certo, não me vem
deixe só o além que eu queria
fria dela que aturou
esse tempo todo morno
nunca mais assim falou.

domingo, 2 de novembro de 2008

MeuSambari

No tico tico te cantei
Pulso firme pra tocar
Canções lindas de ninar

Tú me canta como nota
Desafinado no fubá
Num tô ai pra mais nada
Eu só quero te cantar!

Arranjei letra, cuíca e uma voz
De nada sei sambar
Meu balanço ta na tua
É só vc me notar!

Você é meu sambari
Sabe quanto toca, sabe quanto tem
Na verdade canto um sonho
Malemá escrevo bem!

Nesse tom levo a vida
Afim de te levar
Afino o som da gaita
Pra poder cantarolar

Deixo tudo pra vc
Dei meu toque,
Mais que um timbre to pra ver
De compasso em compasso

Clave sol, clave fá
Meu sambari vem comigo
Que eu faço tu gostar!


C. Santos